Meio Ambiente: Piauí Atrasado em Recursos Hídricos diz Ambientalista



O coordenador da Rede Ambiental do Piauí, Avelar Amorim, disse que o estado continua atrasado no cumprimento da lei que trata da gestão dos recursos hídricos. O Ceará dá exemplo enquanto o Piauí apenas discursa sem ação efetiva na proteção da água.

O ambientalista disse que o acúmulo de aguapés no rio Poti não é problema só de Teresina, mas do estado.  Os municípios a montante de Teresina despejam dejetos de toda ordem no rio. A capital, então, sofre com o acúmulo de lixo e o recebimento, pelo rio Poti, de águas de galerias pluviais.

Os municípios precisam construir seus sistemas de saneamento básico porque ações isoladas adotadas em Teresina não vão resolver o problema. “O governo precisa sentar à mesa com a sociedade civil para criar os comitês. Só retirar os aguapés do rio Poti não resolve nada porque a sujeira vai continuar lá”, alertou.
O exemplo do Ceará – O vizinho estado possui 12 bacias hidrográficas e 11 comitês, faltando criar apenas o da bacia do Parnaíba. “O Ceará só não instalou ainda o comitê da bacia do Parnaíba porque o Piauí é desorganizado e vai participar dele”, disse Avelar. Também com 12 bacias hidrográficas, o Piauí só montou o Comitê da Bacia dos Rios Canindé e Piauí.

O que é bacia hidrográfica – Segundo o site mundoeducacao.com, bacia hidrográfica “é uma área drenada por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. A topografia do terreno é responsável pela drenagem da água, além de ser responsável por delimitar as bacias, ou seja, as partes mais altas do relevo determinam para onde as águas da chuva irão escoar”.

O que é CBH: O site http://www.cbh.gov.br define os Comitês de Bacia Hidrográfica como “organismos colegiados que fazem parte do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e existem no Brasil desde 1988. A composição diversificada e democrática dos Comitês contribui para que todos os setores da sociedade com interesse sobre a água na bacia tenham representação e poder de decisão sobre sua gestão. Os membros que compõem o colegiado são escolhidos entre seus pares, sejam eles dos diversos setores usuários de água, das organizações da sociedade civil ou dos poderes públicos. Suas principais competências são: aprovar o Plano de Recursos Hídricos da Bacia; arbitrar conflitos pelo uso da água, em primeira instância administrativa; estabelecer mecanismo e sugerir os valores da cobrança pelo uso da água; entre outros”.

Fonte : TeresinaFM/ Domingos Bezerra Filho
Fotos: Igo Rafael
 

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